A ferramenta tradutória de acessibilidade (áudio)descrição como mediadora na formação cidadã, crítica e cultural
DOI:
https://doi.org/10.5281/zenodo.15763842Palavras-chave:
TAV, (Áudio)descrição, Acessibilidade, Deficientes visuaisResumo
Este artigo objetiva apresentar a ferramenta tradutória de acessibilidade (áudio)descrição como mediadora na formação cidadã, crítica e cultural para pessoas cegas ou com baixa visão, levando em consideração práticas sociais, culturais e do cotidiano. Desde 2013, a profissão de (áudio)descritor está incluída no Código Brasileiro de Ocupações do Ministério do Trabalho e Emprego, na categoria de tradutores. Dessa forma, é relevante pensar em que medida essa modalidade de tradução tem contribuído para promover a justiça social para pessoas com deficiência (PcDs) em diferentes espaços culturais e sociais, mais especificamente, considerando as pessoas com deficiência visual. Embora os estudos da tradução na pós-modernidade tenham se encaminhado para a desconstrução de noções tradicionais e positivistas, cremos ainda ser necessário pensar a tradução, de forma mais aprofundada, pelas lentes da acessibilidade. Isso porque as práticas tradutórias, como parte de um corpo social, enfrentam diversas barreiras decorrentes de uma lógica capacitista. Nesse sentido, defende-se, neste trabalho, que a tradução, de forma específica a tradução audiovisual (TAV), pode ser mais enfaticamente abordada como uma mediadora na superação do capacitismo e de barreiras atitudinais, de modo a contribuir para uma realidade mais justa e democrática. O presente estudo, de caráter majoritariamente teórico, discute o papel da TAV para oferecer possibilidades de acesso a práticas culturais e sociais por parte de pessoas cegas ou com baixa visão e, para tanto, apoia-se nos estudos da TAV (áudio)descrição (Vergara-Nunes, 2016; Barbosa, 2024) e nos estudos críticos da deficiência (Ferrari, 2023; Autor 2, 2024).
